Entenda a gestão de pessoas baseada em habilidades
14 de junho de 2024
Elisão Fiscal: Como investidores podem reduzir a carga tributária
24 de julho de 2024
Exibir tudo

Pequenos ajustes que trazem grandes resultados

O cenário socioeconômico atual desafia organizações de todo porte a estarem em contínua renovação, pois as mudanças ocorrem muito rapidamente. Nem sempre, porém, as alterações precisam ser radicais. Em vários casos, pequenas mudanças em processos, ajustes em equipamentos ou burocracias costumam ter um impacto significativo nos resultados financeiros da empresa, na motivação da equipe e até na satisfação dos clientes.


Para a mestra em Indústria Criativa pela Universidade Feevale, Carine Gabriele de Oliveira Edinger, o ponto de partida para a inovação é começar por um diagnóstico preciso de quais
são os gargalos do negócio. “É necessário entender se o problema que precisa ser solucionado está na parte técnica, comportamental ou em outros aspectos”, afirma. “Para se aprofundar no diagnóstico, a empresa deve avaliar o ambiente externo e identificar como o setor está
evoluindo. Nessa análise devem ser consideradas as mudanças no comportamento dos clientes e também o que vem sendo realizado pelos seus principais concorrentes. Há espaço para mudar todos os aspectos frágeis, mas o ideal é priorizar cada um deles a seu tempo”, completa o professor e coordenador do MBA em Marketing da ESPM, Arthur Motta.
Já a professora da FIA Business School, Samantha Mazzero, indica ferramentas como a análise Swot (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, em tradução livre) e a Pestel (político, econômico, social, tecnológico, ecológico e legal) para facilitar o diagnóstico. “O uso de dados e análises para identificar tendências e prever mudanças futuras é crucial.

Além disso, o feedback dos clientes e dos funcionários pode fornecer insights valiosos. A inovação não precisa ser sempre disruptiva; muitas vezes, a melhoria contínua e incrementos inteligentes são mais sustentáveis”, assegura Mazzero. Seguindo essa linha de pensamento, pequenas mudanças podem ter grandes impactos. Por exemplo, ajustar o leiaute de um local de trabalho para reduzir o tempo de movimentação dos funcionários pode aumentar a eficiência. Simplificar um processo burocrático significa acelerar o tempo de resposta ao cliente e melhorar a satisfação, assim como a implementação de softwares que automatizam tarefas repetitivas é capaz de liberar os funcionários para atividades mais estratégicas, aumentando a motivação e a produtividade. “Inovar não quer dizer apenas criar grandes mudanças ou um pro
duto totalmente novo que ninguém nunca viu, muito pelo contrário. Inovar está em criar novas formas de fazer as mesmas coisas dentro da sua empresa, mesmo que isso já esteja sendo feito em outras instituições”, salienta Edinger. Adaptação necessária e contínua De acordo com Mazzero, uma cultura organizacional pautada na adaptabilidade permite que as organizações
sobrevivam num mundo em transformação. “Empresas que cultivam a adaptabilidade são capazes de responder rapidamente às mudanças no mercado, ajustar suas estratégias de
acordo com novos dados e desafios e são mais resilientes a perturbações.
As principais características de uma cultura de adaptação incluem também flexibilidade, comunicação aberta e eficaz e uma forte orientação para a solução de problemas. Ressalto ainda que fomentar um ambiente que valorize a curiosidade e a aprendizagem contínua ajuda a manter a empresa competitiva e ágil”, explica.

A cultura da adaptabilidade facilita a inovação contínua, pois cria um ambiente onde novas ideias são bem-vindas e testadas regularmente, e contribui para a satisfação e retenção de talentos, já que os funcionários se sentem valorizados e parte de uma organização dinâmica e proativa. E, por fim, a cultura de adaptação envolve o pensamento inovador que continuamente busca identificar e explorar novas oportunidades. “Esse movimento também implica acertar e errar e, nesse caso, é fundamental gerenciar os erros e transformá-los em aprendizados. É preferível testar, errar e aprender rapidamente do que atrasar uma ideia até ter certeza de tudo que a envolve”, declara Motta.


Fonte: Revista Conmax – Edição jun/jul 2024

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Olá, posso ajudar?