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O mercado contábil atual pede profissionais prontos para entregar soluções diferenciadas. Cuidar da burocracia trabalhista e fiscal abre as portas das empresas, mas é no apoio à gestão que os contadores consultores se destacam.
A contabilidade consultiva é o futuro da profissão contábil, com o poder de ter a chave do sucesso dos negócios. Essa é uma revolução que está acontecendo no mercado e é liderada por contadores que estão ressignificando a sua forma de atuar nas empresas e revolucionando através de uma mudança de postura.
Esse conceito foi criado pelo mercado contábil para representar a nova postura dos contadores, que não aceitam apenas ajudar as empresas a “cumprir tabela”, cumprindo as obrigações trabalhistas e tributárias, mas que também querem ajudar a “ganhar o campeonato”, auxiliando na tomada de decisão e implantando boas práticas de gestão. É profissional contábil que leva prosperidade para os negócios, o braço direito dos empresários de sucesso!
Alguns contadores imaginaram que se tratava de uma modinha, algo que logo passaria, mas está bem além disso: é uma mudança de postura, que exige mais atitude, melhores resultados. Cada vez mais contadores se comprometem com essa nova forma de empreender na contabilidade, que está muito mais alinhada com uma carreira com mais propósito e realização.
Outros contadores falam que a Contabilidade Consultiva seria um pleonasmo, uma conceito redundante, uma vez que a ciência contábil sempre se prestou a apoiar na tomada de decisão das obrigações, com aspectos financeiros, econômicos e patrimoniais. Ocorre que esse conceito não tem relação com a ciência contábil, mas sim com o empreendedorismo dos contadores, sobre a forma como os contadores se comportam no mercado e que tipo de impacto eles têm nas organizações.
O contador tradicional
A figura do contador no Brasil e em alguns lugares do mundo sempre foi associada a uma parte burocrática. Os primeiros contadores no Brasil tiveram a função de coletores de impostos. Isso criou uma imagem no senso comum de que os contadores são “fiscais” do Governo, responsáveis por cobrar os impostos das empresas e enviar para o Estado.
É dessa imagem deturpada que surgem vícios de comportamento por parte dos empresários, como a resistência em conceder acesso às contas bancárias e enviar os extratos. Muitos empresários enxergam os contadores como um “mal necessário”, como “o imposto que a empresa paga para conseguir pagar impostos”.
Esse é um dos motivos pelos quais os serviços dos contadores geralmente não são valorizados e, portanto, são mal remunerados. Mesmo que houvesse uma tabela de preços obrigando as empresas a pagarem o preço justo pela responsabilidade técnica assumida, é provável que um contador nunca receberia uma ligação de um cliente agradecendo pelo belo trabalho na transmissão da DCTF ou do SPED Fiscal. Essas são atividades que não agregam valor para os clientes, não ajudam uma empresa a vender mais, reduzir seus custos e aumentar sua lucratividade.
Os contadores tradicionais estão presos em um modelo de negócio que entrega as obrigações da conformidade (impostos, folha de pagamento, declarações,…), também conhecido como compliance, que não são valorizadas pelos empresários e estão sendo ameaçadas pela tecnologia. Isso está acelerando a guerra de preços e reduzindo a rentabilidade de negócios contábeis em todo o país.
O contador consultor
Na outra ponta do processo, temos o contador consultor. Com uma postura consultiva, pode ajudar o empresário a tomar decisões melhores e prosperar seu negócio.
Nesse cenário surge o conselho estratégico proativo. O resultado que o contador entrega por ser capaz de ouvir, entender e comunicar estratégias para o empresário. E ser proativo porque é capaz de antecipar caminhos.
O contador pode atuar como consultor financeiro, auxiliando na análise e tomada de decisão acerca dos números da empresa. Seja através da terceirização das rotinas do financeiro, serviço conhecido como BPO Financeiro, seja através da consultoria financeira propriamente dita, em que o contador implanta o processo de gestão para que a empresa possa dominar seus números por conta própria.
O contador também pode atuar como um conselheiro estratégico, auxiliando a empresa a identificar suas forças e fraquezas “porta para dentro”, identificar as oportunidades e ameaças “porta para fora” e definir as estratégias a serem implementadas para que a empresa alcance os seus objetivos.
O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) realizou uma pesquisa com mais de 6.000 empresas no Brasil para entender como os pequenos e médios empresários se relacionavam com seus contadores.
Um recorte muito importante trata sobre quais serviços as pequenas e médias empresas desejam contratar de seus contadores:
84% Planejamento tributário
79% Recomendações para seu negócio
77% Relatórios de desempenho e diagnóstico
73% Apoio na gestão financeira
70% Apoio em linhas de crédito
67% Elaboração de negócios
Fonte: Portal Contábeis
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