5 Tendências de RH para 2022

5 Tendências de RH para 2022

Tempo de leitura: 05 minutos

Com o início da pandemia da COVID-19 no ano de 2020, muitas empresas buscaram adaptação diante do novo cenário exigido, e das medidas para conter a disseminação do vírus.
Diversos setores buscaram alternativas em sua rotina de trabalho, entre eles o setor de Gestão de Recursos Humanos, onde o desafio aqui acabou tornando se uma tendência de mudança significativa que estendeu se durante os anos de 2020, 2021 e provavelmente no ano de 2022.


Confira abaixo 5 tendências que serão destaque no setor de RH, durante o ano de 2022.

Modalidades de Trabalho

Home office: nesse sistema, as atividades são executadas de forma 100% remota. A vantagem é que o time de RH consegue contratar talentos de qualquer lugar do mundo, garantindo os profissionais mais bem qualificados para o quadro de funcionários;


Trabalho híbrido: nessa modalidade, uma parte do serviço é prestada remotamente mas, ocasionalmente, o trabalhador precisa se dirigir à sede da empresa. Nesse caso, o RH vai necessitar organizar de forma estratégica as escalas presenciais a fim de evitar choques de horário e outras complicações;


Retorno ao presencial com mais flexibilidade:
mesmo no retorno ao trabalho presencial, a expectativa é que isso ocorra gradualmente, oferecendo aos funcionários um período de adaptação.


RH Estratégico


RH estratégico é um termo para o movimento da área de recursos humanos que enxerga os profissionais de maneira estratégica, utiliza dados reais para tomar decisões acertadas e melhora seus processos com tecnologia de ponta. RH estratégico é visto como crucial para o crescimento, rentabilidade e sucesso.


Em primeiro lugar, o RH estratégico não é aquele que deixa as rotinas de departamento pessoal (DP) em segundo plano, muito menos aquele que não se preocupa com o aprimoramento do controle do holerite, do ponto eletrônico ou da gestão de benefícios. Todas essas coisas são essenciais para a boa gestão de pessoas.

Em geral, o RH estratégico é o que enxerga os profissionais de maneira estratégica, utiliza dados reais para tomar decisões acertadas e melhora seus processos com tecnologia de ponta. Esse RH não tem apenas uma posição de suporte à liderança, mas é visto como crucial para o crescimento, rentabilidade e sucesso.

Uma pesquisa veiculada na Harvard Business ilustra bem a importância do setor. Ao acompanhar os resultados econômicos de 53 empresas entre os anos de 2011 e 2015, descobriu-se que as que têm boas práticas de RH têm desempenho 51% superior ao mercado, em média. Isto é, são mais bem-sucedidas.

Práticas de Employee Experience


Employee experience (em português, experiência do funcionário) é o resultado das interações do empregado com a empresa. Elas incluem processos, sistemas, pessoas, propósitos, sentimentos, aprendizados e comportamentos que essas interações provocam.
Do ponto de vista da organização, employee experience é o que é projetado e criado para os funcionários ou como a empresa acredita que a realidade do colaborador deve ser. Em outras palavras, é o esforço de criar uma organização em que as pessoas queiram trabalhar.


Qual a importância do Employee Experience?



– Fortalece a cultura da empresa
– Amplia o engajamento das equipes
– Reduz a rotatividade
– Melhora a comunicação interna
– O colaborador se sente mais satisfeito e motivado


Quais são os elementos de um bom Employee Experience?


A construção de um excelente Employee Experience consiste em melhorar as interações e relações no ambiente de trabalho. Para isso, algumas características precisam ser facilmente identificadas no modo de ser da organização. Abaixo, os elementos fundamentais, selecionados pelo GPTW:


Confiança e Respeito


Em primeiro lugar, a relação entre colaborador e empresa deve ser pautada por confiança e respeito. Os dois pilares orientam as atitudes internas, como reconhecer as diferenças entre pessoas, dar um tratamento humano aos colaboradores, adequar os níveis de cobrança, distribuir a carga de trabalho, entre outras ações.
Também será importante trabalhar uma comunicação transparente. Ao prezar por informações verdadeiras e seguras, reconhecemos que os planos individuais importam, permitindo que as pessoas tomem decisões e tenham previsibilidade sobre a situação da empresa. Ademais, é uma forma de evitar o surgimento de canais paralelos e desinformação.


Feedbacks


Saber como dar feedbacks para os colaboradores é um segundo pilar para uma experiência positiva no ambiente de trabalho. O retorno sobre o trabalho é fundamental para que a pessoa entenda o que a empresa espera dela e realize mudanças. Logo, afeta não só o fator de permanência, mas a capacidade de competir por benefícios e oportunidades internas.
Sem contar que o feedback humaniza alguns dos processos mais difíceis para os profissionais de RH e gestores. Demitir o colaborar, dizer que não é a vez de ele ser promovido, não conceder um benefício ou negar aumentos de salário, enfim, tudo isso será mais justo se a decisão for embasada em um histórico de avaliações e comunicação transparentes entre pessoas.


Desenvolvimento e Crescimento


A perspectiva de crescimento está sempre no topo dos elementos de um excelente lugar para trabalhar. Afinal, parte de uma boa experiência é conviver em um ambiente em que se tenha acesso a oportunidades para aprender e melhorar em relação à condição financeira, desafios profissionais, tarefas realizadas etc.


Reconhecimento


Outro item relevante é saber como valorizar o trabalho e as realizações em diferentes níveis, como comunicação, feedback positivo, recompensas e crescimento interno. É um trabalho amplo que envolve tanto a estrutura da empresa, como os próprios funcionários entre si.
Nesse último ponto, além do papel do líder, é importante desenvolver a camaradagem e o respeito entre os colaboradores. Esses valores partem de cima, mas precisam se consolidar como um elemento da cultura organizacional, vividos e compartilhados por todos.


Liderança

Os líderes são igualmente responsáveis por uma parcela relevante do Employee Experience. Em primeiro lugar, é preciso contar com as pessoas certas para posição, ou seja, a empresa deve diferenciar os meros chefes — que são capazes de se impor apenas pelo cargo e hierarquia— dos verdadeiros líderes que influenciam as pessoas positivamente.

Uso de Gamificação

Basicamente, a gamificação (ou gamification, em inglês) é o uso de mecanismos dos jogos em outros contextos para alcançar resultados e objetivos específicos. Isso significa que uma ação de gamification não necessariamente utiliza apenas jogos corporativos em si. Ela pode adotar características como pontuação, regras, desafios e premiações para motivar o público-alvo.


A gamificação é bastante usada na área educacional, já que auxilia no aprendizado dos estudantes. E, nos últimos anos, vem sendo implementada em empresas dos mais diferentes portes e segmentos.


A gamificação não é mero entretenimento, é uma estratégia corporativa. Por isso, traçar um plano de implementação, com metas, acompanhamento e mensuração de resultados, ajuda muito a não perder de vista os verdadeiros objetivos da ação. Existem várias formas de adotar a gamificação. Podem ser jogos corporativos para estimular certas habilidades entre funcionários, games que ajudam a atrair visitantes para o site ou gerar leads, competições em que as tarefas realizadas acumulam pontos e geram recompensas e muito mais.


Existem empresas especializadas em desenvolver jogos e ações gamificadas para organizações. Mas se você pretende implementar esta estratégia por conta própria, lembre-se de planejar bem e estar sempre alinhado com os valores de sua empresa.


Exemplo de Gamificação: Com os Colaboradores


A empresa de siderurgia Gerdau criou um jogo para auxiliar no treinamento de segurança dos colaboradores. Utilizando óculos de realidade virtual, os funcionários são inseridos virtualmente em um pavilhão industrial. O objetivo do jogo é identificar situações de risco e classificá-las quanto à sua gravidade. No final do game, os colaboradores conseguem visualizar os resultados e ter uma avaliação do seu desempenho. Somente na primeira semana de implementação, 2,5 mil funcionários das unidades da Gerdau no Brasil e no exterior participaram da iniciativa.


Exemplo de Gamificação: Com os Clientes


As redes de supermercados Extra e Pão de Açúcar criaram uma iniciativa em que os clientes precisam juntar selos para trocar por brindes. A cada R$ 20 em compras, os clientes recebem selos e os colam em uma cartela, como se fosse um álbum de figurinhas. A partir de um certo número de selos, a cartela pode ser trocada por uma faca (Extra) ou uma panela (Pão de Açúcar). Esta é uma iniciativa que não é um jogo em si, mas que utiliza características de games para incentivar os clientes a consumirem e acumularem os selos. A cada cartela preenchida, os clientes podem ir completando sua coleção de facas ou panelas.

Uso de tecnologias

Recrutamento online

O recrutamento remoto proporciona mais agilidade para o processo de seleção, otimizando o tempo dos recrutadores e dos candidatos;


Controle de ponto online

A tendência é a implementação de softwares que façam o registro de ponto, armazenando as informações na nuvem. Desse modo, diminui o risco de extravios e facilita a consulta de horas cadastradas para o setor de RH;


Ferramentas de avaliação de desempenho

Essas ferramentas digitais auxiliam na avaliação constante dos colaboradores. Assim, a gestão consegue identificar as dificuldades dos profissionais e criar estratégias para melhorar os resultados.

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